quinta-feira, 24 de abril de 2014

LIMPO.

Foram outros dias, aqueles em que os seres humanos enterravam sua confiança no próximo.
Agora só lhes falta é enterrar a si próprios.
O capital, a fome consumista e a voracidade digital enfrentam hoje seu principal concorrente: o espelho.

Depois de tanto arcar com todas as responsabilidades dos tempos modernos, os homens estão vivendo o seu limite. O limite dos esforços, o limite das mentiras, o limite das agressões, o limite do total desrespeito ao outro ser vivo, o limite da falta de sonhos.

O hiato criado pela nova era é igualmente sombrio e corruptível, e de forma parasitária vai consumindo a humanidade.

Sei que meu foco é colocar flores no mundo, somo criados essencialmente com esse propósito, mas cada vez mais sou desfiado a entender e transcorrer de assuntos que não gostaria.
Dar crédito e palavras a homens e circunstâncias vãs.

Não me calo.
Apesar de tudo favorecer ao ostracismo.

Não sou anjo.
Apesar de ter orgulho das minhas escolhas.

Não sou Juiz.
Apesar de acreditar no que ou quem é melhor para mim.

Sem muita filosofia, sem muita basófia.
Procuro andar simplesmente limpo.

E pronto.

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