quinta-feira, 24 de abril de 2014

NADA DE ANORMAL.

Alinhado aos elefantes, lembrei de uma boa história.

Uma vez fui ao encontro de uma pessoa. Nada de especial, nada de Natal, apenas uma boa e sincera amizade real.
As conversar nesses modelos são interessantemente curiosas.  Como todo ser humano, nos acabamos em reclamações, empurramos a culpa de nossos fracassos em outras pessoas, enterramos nossas responsabilidades em areia móvel, observamos os pontos delicados dos outros como se fossemos invencíveis.
Nada de anormal.
O detalhe ficou por conta das palavras.
Um emaranhado de consoantes e vogais interminavelmente habilidosas. Oragnizadas e pensadas em série admirável. Isso me conduziu a atrair essa pessoa ao pensamento de que, se não estivéssemos ali naquele lugar o que, de fato, estaríamos fazendo?
Nossa conclusão foi simples e rápida.
Estaríamos com outras pessoas: nos acabando em reclamações, empurrando a culpa de nossos fracassos em outras pessoas, enterrando nossas responsabilidades em areia móvel, observando os pontos delicados dos outros como se fossemos invencíveis.
Nada de anormal.
Logo, nos desafiamos a acreditar que o grande desafio virá, de verdade, quando passarmos a cuidar de nossas próprias vidas.
Nada normal!
E esse sim é o colapso! Homens e mulheres avançando na sua capacidade de reconhecer defeitos, entender o outro, cuidar do seu círculo de vida e colocar o interesse do em segundo lugar.
Nada normal! Apenas a realidade, apenas uma amizade real.

LIMPO.

Foram outros dias, aqueles em que os seres humanos enterravam sua confiança no próximo.
Agora só lhes falta é enterrar a si próprios.
O capital, a fome consumista e a voracidade digital enfrentam hoje seu principal concorrente: o espelho.

Depois de tanto arcar com todas as responsabilidades dos tempos modernos, os homens estão vivendo o seu limite. O limite dos esforços, o limite das mentiras, o limite das agressões, o limite do total desrespeito ao outro ser vivo, o limite da falta de sonhos.

O hiato criado pela nova era é igualmente sombrio e corruptível, e de forma parasitária vai consumindo a humanidade.

Sei que meu foco é colocar flores no mundo, somo criados essencialmente com esse propósito, mas cada vez mais sou desfiado a entender e transcorrer de assuntos que não gostaria.
Dar crédito e palavras a homens e circunstâncias vãs.

Não me calo.
Apesar de tudo favorecer ao ostracismo.

Não sou anjo.
Apesar de ter orgulho das minhas escolhas.

Não sou Juiz.
Apesar de acreditar no que ou quem é melhor para mim.

Sem muita filosofia, sem muita basófia.
Procuro andar simplesmente limpo.

E pronto.