SISTEMA SOLAR.
Viajantes de Plutão não se sentem só.
Sonham durante seus longos dias e no escuro enchergam somente a verdade.
Essa verdade, nada mais é que a soma das vidas dos viajantes plutonenses.
Soma? Isso mesmo! Naquele planeta as vidas não se perdem: são somatizadas, elaboradas, honradas e revisitadas.
Viajantes de Júpiter não se perdem.
Aprende onde estão, garantem sua percepção de espaço e continuam seu deslocamento.
Não param, não repetem o mesmo lugar, não se cansam do novo.
Novo? Exato, ele é fascinante sobre uma raça que nunca para de aprender. Erram pouco pois, mesmo com tanta novidade, aprenderam com os plutonenses a viver a vida.
Viajantes de Marte estão próximos.
Logo do lado, ficam percebendo e executando o que há de melhor, no entanto não se dão ao luxo de se acomodarem.
Olham o vizinho do lado e agregarm o erros e multiplicam os acertos em sua terra fria e arida.
Desfavorecidos? Nada! Eles sempre entendem que os problemas são desafios e as soluções são conquistas.
Viajantes da Terra são insistentes.
Insistem em não aprender com a somatória das vidas, assim como fazem os plutonenses.
Insistem em permanecer no mesmo lugar, insistindo no mesmo enredo, nos mesmos sons e luzes, de forma que contrariam totalmente a ação dos jupiterianos.
Insistem, os viajantes terrestres, em valorizar os entraves, apreciar o sofrimento, mais que isso: consideram o erro como normal e o certo anormal. Não aprendem nada com os marcianos, que encaram o certo uma vitória!
Com esse sistema solar tão grande, com tantos planetas e viajantes diferentes, sonho um dia com que os terrestres se sintam mais felizes. Olhado o comportamental, entendo que é uma postura a ser assumida. Compreender diferentemente a forma vital.
As viagens sempre continuarão acontecendo, mas qual viajante seremos?
Deixaremos de ser terrestres e assumiremos os outros?
Como terrestre, eu insisto! Vamos nos dedicar a aprender com os demais!
